quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES - NOVO



METODOLOGIA DE EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES QUE TORNA A VISUALIZAÇÃO MAIS LIMPA QUANDO COMPARADA AO HOFFMAN E MAIS INTENSA EM QUANTIDADE DE PARASITOS QUANDO COMPARADA AO FAUST.

Em projeto desenvolvido pala FACULDADE DE QUATRO MARCOS e dirigida pelo Professor Carlos Alberto Alves de Lima em parceria com a PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS - MT conseguimos desenvolver uma metodologia que não posso dizer ser uma metodologia "nova", simplesmente fizemos uma adaptação entre os dois métodos mais utilizados no EPF (Exame Parasitológico de Fezes) que são os métodos de FAUST E HOFFMMAN.
São José dos Quatro dos Quatro Marcos - MT é uma cidade de aproximadamente 20.000 habitantes no interior do Estado de Mato Grosso e que possui uma quantidade de rede de esgoto insatisfatória (mínima), sendo que os dejetos são depositados em "fossas" que são construidas na frente das residências (calçadas públicas) e estas, são utilizadas até que o morador perceba que estão completamente cheias (não é incomum estas fossas jogarem seus dejetos ao ar livre) e assim contratam um serviço denominado "limpa fossa" que nada mais é, do que um caminhão que através de uma tubulação irá aspirar todo o conteúdo desta fossa e dispensá-lo sabe-se lá onde...

Foi necessário expor essa prática aos leitores, não como uma ação ou indignação política de minha parte, mas para que entendam o motivo de encontrar um índice de infestação parasitária, com apenas uma amostra de fezes, de cerca de 60% das crianças que frequentam os CENTROS DE EDUCAÇÃO INFANTIL.

Após realizarmos os exames parasitológicos de fezes e identificarmos os casos positivos, ministramos a medicação, orientados pela pediatra do município que muito gentilmente nos auxilia neste projeto, e após 30 dias do tratamento realizamos novamente o EPF, agora somente nas crianças que foram medicadas para concluirmos o que já esperávamos: nenhum medicamento ou tratamento será eficaz sem que antes possamos eliminar a causa da patologia em questão, ou seja, enquanto não conseguirmos resolver o problema da rede de esgoto não conseguiremos atingir medidas profiláticas que solucionem o problrema parasitológico, porém, jamais pensamos em desistir do projeto, que vem sendo realizado a quatro semestres.

A METODOLOGIA

A alteração feita na metodologia foi com o objetivo de conseguirmos uma visualização microscópica mais clara que facilitasse a identificação pelos alunos que muito efetivamente auxiliam neste projeto, aliás, são esses alunos o verdadeiro alvo deste projeto pois acreditamos que desta forma, ou seja, conseguindo retirar o aluno da sala de aula e colocando-os frente a realidade que enfrentarão quando formados, estarão verdadeiramente qualificados para o disputado mercado de trabalho que encontrarão lá fora.

A metodologia é bastante simples para aqueles que já conhecem os métodps de Faust e Hoffmman. Após realizada a diluição para o método de Hoffmman, deixamos o material sedimentar por no mínimo 6 horas e no máximo 24 horas. Recolhemos 2 ml do sedimento passando para um tubo cônico de centrifugação. Adicionamos neste tubo cônico com sedimento, uma quantidade de Sulfato de Zinco (utilizado na realização do método de Faust) até completar 10 ml. O tubo com sedimento e Sulfato de Zinco é centrifugado a 1500 rpm por 1 minuto. Após a centrifugação procederemos também como no método de Faust, ou seja, com uma alça de platina retiramos a película superior colocando em uma lâmina, adicionando uma gota de lugol e cobrindo com lamínula. Em seguida é só observar em microscópio óptico em aumentos de 10 e 40x.

A figura abaixo retrata um exame realizado neste método com uma quantidade não muito grande de Giardia lamblia.






























































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